Saturday, April 29, 2017

Porto de Lisboa: paisagem dinâmica


A relação visual porto / cidade em Lisboa é caracterizada por uma mudança constante, com a paisagem ribeirinha a mudar sempre. Exemplo é esta fotografia minha de 27 de Abril de 2017, com o navio de passageiros MSC PREZIOSA atracado no Jardim do Tabaco a encher a imagem num segundo plano poderoso e os cacilheiros, o edifício da Segurança Marítima e os torreões do Terreiro do Paço a apresentarem-se com grande modéstia.

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MOSTRAR A BANDEIRA


No dia 27 de Abril último, acompanhei a largada da SAGRES de Lisboa, para mais uma grande viagem de instrução e diplomacia, com o Brasil como destino principal. O navio estava lindo, muito cuidado como sempre, num exemplo a seguir de brio por parte do comando e da guarnição do que é hoje o navio português mais genuíno e mediático, um oásis nesta ficção portuguesa de regressar ao mar e ao mesmo tempo continuar a escavar a ignorância e a desmaritimização em larga escala.

Para além da função principal da SAGRES como Navio-escola da Armada, esta belíssima barca proporciona um outro valor fundamental pouco valorizado pelo País e as suas Gentes: é o navio português que hoje mostra a NOSSA BANDEIRA pelo Mundo com mais dignidade. A presença da SAGRES nos mares e portos do Mundo é diferente da dos navios cinzentos da Armada, que aliás normalmente não fazem viagens de Estado que proporcionem mostrar a bandeira. Por sua vez a Marinha Mercante há muito que deixou de existir e ter navios de prestígio...
Nos dias que correm, as bandeiras dos navios não correspondem na maior parte dos casos ao país de nacionalidade, tendo sido relegadas para um produto de conveniência, fenómeno a que a Bandeira Portuguesa não foi poupada, com a proliferação do registo de conveniência da Madeira. Nunca se viram tantos navios mercantes com bandeira portuguesa, mas não são nossos, não significam nada para além de um pequeno negócio. 
A SAGRES pelo contrário, continua a ser um navio português de alma e coração, bem hajam todos os que esforçadamente contribuem para a sua existência e continuidade, para que apesar dos 80 anos a assinalar em 2017, a SAGRES possa continuar a mostrar a Bandeira Nacional com dignidade e orgulho por muito tempo...
Fotografias originais de Luís Miguel Correia registadas no Tejo a 27 de Abril de 2017.
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Thursday, April 27, 2017

P&O RUSTING SUN

Like most sea related subjects, P&O is no longer what it used to be, following demergers, asset sales and all modern actions pursuing maximum value for share holders. 
The venerable Peninsular And Oriental Steam Navigation Company was such a proud statement of British maritime tradition that some of their ships emblazoned the bow with a Rising Sun, part of the Company's armorial bearings incorporated by Royal Charter on 31st December, 1840. 
The Sun is still displayed on the bow of the modern giant cruise ships sailing under the P&O Cruises Brand, but the sun recently spotted on the beautiful ORIANA of Hamilton, Bermuda, had a rusty mood. 
As sad as the way the ship's name is painted on the bow, in a manner that make us feel it is almost concealed... I still enjoy the P&O ships of present days, even if the livery is totally unsuited for such ships, but I really miss those splendid white and buff liners and cruise ships showing the rising sun all over the world's sea lanes. 

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Wednesday, April 26, 2017

HORIZONTE

POSSESSIO MARES  

II 

HORIZONTE
Ó mar anterior a nós, teus medos
Tinham coral e praias e arvoredos.
Desvendadas a noite e a cerração,
As tormentas passadas e o mistério,
Abria em flor o Longe, e o Sul sidério
 'Splendia sobre as naus da iniciação.


Linha severa da longínqua costa -
Quando a nau se aproxima ergue-se a encosta
Em árvores onde o Longe nada tinha;
Mais perto, abre-se a terra em sons e cores:
E, no desembarcar, há aves, flores,
Onde era só, de longe a abstracta linha.

O sonho é ver as formas invisíveis
Da distância imprecisa, e, com sensíveis
Movimentos da esp'rança e da vontade,
Buscar na linha fria do horizonte
A árvore, a praia, a flor, a ave, a fonte -
Os beijos merecidos da Verdade

Poema de Fernando Pessoa in Mensagem, que possivelmente não teia sido escrito se o Poeta se tivesse enrolado com a Ofélia.
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Sunday, April 23, 2017

Porto de Lisboa: cais da Fundição


Imagem da década de 1960, com o cais da Fundição visto a partir de Santa Luzia, com a cidade muito menos colorida que actualmente e um fenómeno entretanto impossível hoje: o cais, concessionado desde o final do século XIX à Companhia Nacional de Navegação, apresenta só navios portugueses, ultramodernos, os dois melhores e mais recentes da CNN, o cargueiro rápido BEIRA, e o paquete PRÍNCIPE PERFEITO, este escondido por detrás da torre da igreja. E, estranho nos dias de hoje, o BEIRA lançado ao Tejo no Alfeite pois havia a preocupação de construir os nossos navios em Portugal.
A doca do Jardim do Tabaco era uma floresta de mastro de embarcações tradicionais do Tejo, e vivia pachorrentamente na ignorância de que tinha os dias contados, pois o século XXI ditaria a reconstrução do local e o aterro da doca.
Dias contados tinha também a Companhia Nacional, a mais aristocrática das empresas armadoras, esforço colectivo de um grupo alargado de comerciantes e homens bons de Lisboa, que, inspirados em larga medida por Abraão Bensaude, constituíram em 1880 a então Empresa Nacional, que em 1918 se passou a designar por Companhia Nacional de Navegação. Foi uma das vítimas desse desígnio nefasto de Desmaritimizar tudo e todos que tem desertificado o Mar Português desde 1975, e no caso da Nacional, foi liquidada em 1985 por iniciativa governamental.
Fotografia de autor desconhecido.
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A SAGRES a sair o Tejo




O navio-escola SAGRES a sair o Tejo logo pela manhã, hoje com destino à baía de Sesimbra. Boa navegação, SAGRES...
Muitas mais histórias e imagens do NRP SAGRES para ver a partir de aqui.
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Naufrágio no Tejo: batelão JORNADA

A notícia deixa tudo em aberto e refere-se a ter sido encontrado afundado, próximo de Alverca, o batelão JORNADA e se recear o pior em relação aos seus 4 tripulantes. Aconteceu em Janeiro de 1971, o mesmo ano em que se afundou igualmente no Tejo, o rebocador MAFRA, da Companhia Colonial de Navegação. 
Duas de muitas histórias trágicas associadas às navegações neste nosso Tejo.
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Cacilheiro RECORDAÇÃO de 1961


Como era e no que se transformou o cacilheiro RECORDAÇÃO, que apresentamos numa fotografia de 1977 e como está agora, encalhado na margem norte do rio Sado, após anos de abandono. 


O RECORDAÇÃO foi construído em 1961 na Arrentela para serviço entre Cacilhas e o Terreiro do Paço, numa altura em que se procurou melhorar os serviços fluviais, alvo de muitas reclamações por parte dos utentes, devido às condições espartanas oferecidas pela maior parte das embarcações então utilizadas. 
Na sua forma original, o RECORDAÇÃO apresentava formas elegantes, a imitar os paquetes de então, numa perspectiva ingénua consonante com a estética popular. 
Foi o último cacilheiro construído de madeira, material disponível em Portugal e muito mais barato do que o aço. 
Navegou mais de vinte anos no Tejo e em 1983, com o advento dos 12 CACILHENSES, o RECORDAÇÃO foi vendido para Setúbal, passando a assegurar as carreiras para Tróia até ser retirado em 2007 e votado ao abandono e vandalisado. 
É triste ver um navio ou uma embarcação, ao qual foi retirada a dignidade própria, mas era esse o estado do velho cacilheiro quando o fotografámos a 8 de Abril último.
Tenho a história do RECORDAÇÃO publicada aqui neste meu livro.

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Friday, April 21, 2017

Nova exposição de Fernando Lemos Gomes

Fernando Lemos Gomes vai ter nova exposição de pintura de marinha, a inaugurar a 29 de Abril nas instalações do Clube Naval do Funchal.
O tema será a vela e a marinha de recreio, vista numa perspectiva de "Emoção e Lazer" que dá o título à própria exposição, que recomendamos e que estará aberta ao público até ao final de Junho.
Mestre Fernando Lemos Gomes é muito provavelmente o mais destacado dos pintores de marinha portugueses actuais, nada devendo as suas aguarelas ao que de melhor se faz a nível internacional, num contributo solidário e solitário em prol da tão depauperada cultura marítima portuguesa.
Parabéns ao Fernando pelo seu trabalho e talento e a quem o apoia neste desafio difícil de colocar os navios, embarcações e o mar,  no imaginário cultural da sociedade portuguesa contemporânea.
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Thursday, April 20, 2017

Seminário sobre rebocadores


Teve casa cheia, no auditório da Escola Náutica Infante D. Henrique, em Paço D'Arcos, o seminário dedicado aos rebocadores, um sub-mundo desse mundo fascinante que são os transportes marítimos e a Marinha Mercante.
Promovido pela REBONAVE, de Setúbal, em cerca de duas horas versaram-se as múltiplas realidades que hoje caracterizam as operações de rebocadores, a começar pelos tipos de rebocadores existentes nos nossos dias, suas características e campos de operação, em manobras portuárias, de assistência a um grande estaleiro de reparação naval, a Lisnave, ou no tráfego internacional, em reboques de alto mar, serviços de assistência e salvamento marítimo, etc...

Fui ouvindo os oradores e veio-me à memória uma pioneira dos reboques de alto-mar em Portugal, nas décadas de 1950 e 60, com os famosos PRAIAS, da ADRAGA e GRANDE, e do CINTRA, este embandeirado no Panamá, que pertenciam à Sociedade Geral, e de que recordo, além dos navios, alguns comandantes ilustres dessa época, Fenando de Matos Capinha, Altino Magalhães Gomes, bons Amigos de há muitos anos. Depois os rebocadores de alto-mar da Sociedade foram foram vendidos a Gregos e a actividade quase morreu em Portugal até ter sido reinventada pela REBONAVE, em boa hora.
Uma belíssima iniciativa, pelo que estão de parabéns a entidade organizadora, os patrocinadores e a Escola Náutica, cada vez mais aberta e dinâmica. Parabéns a todos.
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N/T BORNES (II)

Ontem estive na Escola Náutica a assistir a um seminário sobre rebocadores promovido pela empresa portuguesa REBONAVE e deparei com este belo modelo do N/T BORNES de 1990, que na altura vi crescer no estaleiro da SETENAVE / SOLISNOR, acompanhando a sua construção numa altura em que estava ligado à sociedade classificadora RINAVE. Era um belíssimo navio-tanque, este BORNES, um dos últimos navios construídos em Portugal para a Soponata. Já não existe, foi desmantelado no Bangladesh em 2010, tal como já não existem os gémeos ERATI (II) e INAGO (II), acabados pela SOLISNOR em 1992 e 1993, ambos desmantelados no Paquistão em 2013. Foram-se os navios, ficam as memórias, que no que toca à frota da antiga SOPONATA, preservei  num livro, disponível aqui.
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Associação Naval de Lisboa: desfile náutico a 30 de Abril

160 ANOS DE HISTÓRIA PARA VIVER NO TEJO: vai ser com um grande Desfile Náutico no Rio Tejo que se encerram, no dia 30 de Abril, as comemorações dos 160 anos da Associação Naval de Lisboa. Para a festa do clube desportivo mais antigo da Península Ibérica foram convocados diferentes tipos de barcos a remos, à vela e a motor. E ainda algumas surpresas dos céus – em alusão à ligação à aviação. Belém é o centro de toda a acção.
Fundado a 30 de Abril de 1856 com o nome de “Real Associação Naval”, o clube náutico mais antigo da Península Ibérica e um dos mais antigos da Europa encerra o programa das comemorações dos seus 160 anos com um grande Desfile Náutico no Rio Tejo. A data não podia ser mais simbólica – o próximo domingo dia 30 de Abril – com toda a acção a decorrer entre as docas de Alcântara (onde se situa a Secção de Remo) e de Belém (onde está localizada a Sede e Secção de Vela e Motonáutica).
Para a grande festa da Associação Naval de Lisboa vão participar, além dos sócios das suas secções, inúmeros convidados. O objectivo é concretizar um dos maiores desfiles náuticos de sempre, com a participação de barcos de todos os tipos e feitios – a remos, à vela e a motor! Estão assim confirmadas as presenças de clubes de todo o país, incluindo uma equipa de baleeiros da ilha do Pico e ainda formações europeias. Neste âmbito, é de destacar a presença da Marinha Portuguesa – com quem o clube tem desde sempre as mais fortes ligações. Mas, a acção não se esgota apenas na água – do céu estão previstas algumas surpresas pela mão da Força Aérea Portuguesa e de uma equipa de acrobacia aérea. 
O Desfile Náutico dos 160 anos da Associação Naval de Lisboa inicia-se às 17h00, sendo visível a partir das margens do Tejo tendo como ponto central o Padrão dos Descobrimentos, em Belém. Para o Comodoro do clube, André Bettencourt da Câmara, a festa promete transformar-se num marco; “Queremos animar o Tejo e criar a partir daqui as bases para a organização anual de um grande Desfile Náutico que possa trazer a Lisboa entusiastas das Marinhas de todo o Mundo – com especial destaque para a Marinha de Recreio. É esse o espírito da Associação Naval de Lisboa desde o primeiro dia e hoje, 160 anos depois, continuamos a honrar e manter vivos esses princípios essenciais”.

De acordo com os Estatutos assinados pelo Rei D. Pedro V, a Associação Naval de Lisboa foi criada com o objectivo de “animar a construção e navegação de iates ou barcos de recreio e promover o divertimento das regatas em Portugal”. O clube tem dado ao longo dos anos um enorme contributo para o desporto português, formando sucessivas gerações de remadores e velejadores, com um total de 64 atletas presentes em diferentes edições dos Jogos Olímpicos – que resultaram em duas medalhas de Bronze e duas de Prata. 
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Tuesday, April 18, 2017

PORTO DE LISBOA - Doca de Alcântara 1969


Na manhã de Quarta-feira 16 de Julho de 1969, quando esta fotografia foi tirada, a Doca de Alcântara ainda transpirava o ambiente genuíno que terá inspirado Álvaro de Campos na sua Ode Marítima: à esquerda, as prôas elegantes e altivas dos paquetes ANGRA DO HEROÍSMO e AMÉLIA DE MELLO, ambos chegados a Lisboa a 14 de Julho; ao centro, atracado ao cais norte da doca, o cargueiro holandês tipo 499 MEIDOORN, a carregar com destino a Londres, numa viagem afretado pela Sociedade Geral; à direita, os rebocadores MAFRA e MUTELA da Companhia Colonial de Navegação, manobram com os batelões em mais uma mudança de cais, com o cargueiro-fruteiro MADEIRENSE encostado ao cais actualmente ocupado pelo cacilheiro PRÍNCIPE DA BEIRA...

No cais da Rocha, estavam atracados, o paquete italiano CRISTOFORO COLOMBO, acabado de chegar de Nova Iorque e o nosso INFANTE DOM HENRIQUE, em preparativos de saída, a 18 de Julho, em mais uma das suas longas viagens a Angola e Moçambique. 
Que saudades. 
Se fosse hoje, Fernando Pessoa teria regorgitado um qualquer casco de plástico dos muitos amarrados agora à doca feita de recreio e certamente não teríamos ODE nenhuma...
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Monday, April 17, 2017

n/m URA no Tejo

Aspectos da chegada a Lisboa, a 12 de Abril último, do navio de carga espanhol URA, do armador Naviera Murueta, de Bilbau. 
Este navio entrou procedente de Motril e esteve a descarregar no Barreiro (Atlanport), tendo largado do Tejo a 14 de Abril, com destino a Algeciras.



Construído em 2009 com o nome UPPLAND, pertenceu inicialmente a interesses alemães, tendo navegado com as bandeiras da Alemanha e de Chipre, e chamou-se MEDCASPIAN, GAESTRIKLAND e BIP FIGHTER, antes de ser adquirido pelos actuais armadores e receber o nome URA. Ver características aqui. Fotografias de Luís Miguel Correia.
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Tuesday, April 11, 2017

Recordações do SERPA PINTO

Um interessante artigo sobre a actividade do SERPA PINTO como navio da amizade durante a Segunda Guerra Mundial, período em que se destacou no transporte de refugiados entre a Europa e as Américas. A fotografia é do Luís Miguel C, como de costume, esqueceram-se de referir a fonte.
Ver aqui o artigo e os comentários de antigos passageiros.
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Palestra no Clube de Oficiais da Marinha Mercante

No próximo dia 19 o Cte. Orlando Temes de Oliveira vai proferir em Lisboa uma palestra no Clube de Oficiais da Marinha Mercante sobre o tema "O DESAFIO DOS NAVIOS AUTÓNOMOS".
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Friday, April 07, 2017

Cruzeiros P&O em Lisboa

A companhia de navegação britânica Peninsular and Oriental (P&O) foi uma das pioneiras dos cruzeiros turísticos, tendo inclusive sido a primeira a conjugar os seus serviços de linha regular com as necessidades de turistas, isto logo no início da actividade da companhia, na década de 1830. 
Em 1909 o programa de cruzeiros da P&O incluía o Mediterrâneo, as ilhas Atlânticas, a Península Ibérica e a Escandinávia, utilizando para esse efeito dois navios de cruzeiros: VECTIS, utilizado exclusivamente para cruzeiros, e MALWA, um dos mais modernos navios de passageiros da sua frota, tendo ambos passado por Lisboa e visitado a Madeira e os Açores. 
O cartaz é bem sugestivo, os cruzeiros sempre me encantaram, agora menos com os novos gigantes que de navios cada vez têm menos mesmo.
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Sunday, April 02, 2017

SANTA MARIA MANUELA fez-se ao mar

O SANTA MARIA MANUELA saiu de Lisboa esta tarde (dia 2 de Abril de 2017) dando início à primeira viagem ao serviço do novo proprietário, o Grupo Jerónimo Martins: O MANUELA deixou o cais de Cabo Ruivo pelas 15H30 e navega agora com destino a Londres (Greenwich), onde chega dia 12 deste mês.
O SANTA MARIA MANUELA tem um extenso programa de viagens para este ano de 2017 em que completa 80 anos, o qual pode ser consultado aqui.
O SANTA MARIA MANUELA acabou de mudar, em Março, o seu registo de Aveiro para a Madeira, tornando-se em mais um navio português a deixar o registo convencional.

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