Thursday, July 31, 2014

Cruzeiros em Lisboa: Agosto 2014




Para o mês de Agosto estão previstas em Lisboa 27 escalas feitas por 20 navios de 15 operadores de cruzeiros, conforme lista anexa. A companhia com maior número de escalas é a P&O Cruises, com 6 escalas efectuadas por 5 navios, dos quais o OCEANA vai estar no Tejo por duas vezes; a 5 de Agosto o ORIANA terá uma escala conjunta com o AZURA. Segue-se a Royal Caribbean, com os maiores navios, dois que fazem 4 escalas. 
Destaque para o FUNCHAL, que volta a Lisboa a 20 depois de diversos meses a operar no Norte da Europa... Um bom mês para ver e fotografar os navios de passageiros em Lisboa, ou embarcar e fazer um cruzeiro. Fotografia do FUNCHAL tirada a 24 de Julho em Flam de bordo do paquete HORIZON pelo comandante deste paquete da Pulmantur / CDF, Cte. Augusto Moita. 
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O navio-almirante da US Lines


A propósito dos meus comentários anteriores sobre o navio norte americano EMPIRE STATE, refira-se que de todos os navios mercantes dos EUA que tive oportunidade de observar, o paquete UNITED STATES fascinou-me literalmente, em Fevereiro de 1968, quando este navio único visitou Lisboa pela primeira vez e esteve atracado no cais da Rocha. Vivia-se o ocaso dos grandes paquetes de linha, os QUEENs originais  estavam a ser retirados, o QUEEN MARY em 1967, o ELIZABETH em Novembro de 1968, e o destino do UNITED STATES estava escrito igualmente, com a morte do seu criador e protector, o arquitecto naval William Francis Gibbs a 6 de Setembro de 1967, e tal aconteceu em Novembro de 1969.
Ver o UNITED STATES atracado na Rocha e a navegar no Tejo deixou recordações inesquecíveis. O navio era austero, com uma imponência extraordinária e as chaminés mais magnificas de sempre. 
O UNITED STATES, cuja construção marcou a afirmação dos Estados Unidos como primeira potência mundial após 1945, não desapareceu depois da ultima viagem comercial em 1969, mas transformou-se num monumento ao desperdício. O navio tem permanecido imobilizado todos estes anos, os diversos projectos para a sua recuperação falharam sempre, e o UNITED STATES encontra-se em Filadélfia, muito degradado, a aguardar um futuro digno, ou o desmantelamento...
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O EMPIRE STATE em Lisboa


A visita recente ao porto de Lisboa, de 24 a 28 de Julho, do navio-escola americano EMPIRE STATE possibilitou um conjunto de fotografias de pormenor de um navio cheio de interesse para quem saiba apreciar navios. Estas imagens que apresentamos são de 27 de Julho.

Construído em 1961, o EMPIRE STATE é um exemplo genuíno da estética norte americana em termos de construção naval, tendo sido concebido para transporte de carga geral e 12 passageiros através do oceano Pacifico ao serviço da companhia States Steamship Lines. Apresenta linhas tipicamente americanas, aspecto sólido, propulsão por turbinas a vapor e 20 nós de velocidade, hoje um luxo devido ao consumo elevado de combustível por navios de turbinas a vapor.
A sua presença pela primeira vez entre nós faz recordar os tempos em que a marinha mercante dos Estados Unidos assegurava uma presença regular com navios de carga e passageiros nas grandes rotas internacionais. 
Os navios que frequentavam habitualmente Lisboa eram os paquetes e cargueiros da American Export Lines, que tal como o EMPIRE STATE estavam registados em Nova Iorque. Os paquetes eram os gémeos CONSTITUTION e INDEPENDENCE e o ATLANTIC, todos retirados em 1967 e 1968. Os cargueiros, cujos nomes tinham o prefixo EXPORT mantiveram uma presença regular até à década de 1970.
O EMPIRE STATE foi reconvertido pelo Governo dos Estados Unidos para navio-escola mas manteve alguns aspectos originais, como o pórtico e paus de carga respectivos à proa, que servrm oas escotilhas dos porões nºs 1 e 2.

A chaminé também mantém a forma original, apenas mudou as cores e faz lembrar a chaminé do antigo paquete MONTEREY da MSC, navio de carga reconvertido para paquete pela companhia Matson Lines e mais tarde comprado pela MSC.
As janelas da ponte de comando são também originais e tipicamente americanas, com os traços simpoles e funcionais que sempre caracterizaram os navios mercantes de construção norte americana.
O EMPIRE STATE já navega há muitos anos, desde 1962, e embora apresente um bom aspecto geral, pequenas marcas de ferrugem aqui e ali dão-lhe o carisma especial de velho cargueiro cheio de dignidade ao mesmo tempo que sugere que os cerca de 500 alunos da escola náutica de Nova Iorque presentes a bordo  não terão grande experiência de raspar e pintar o seu navio. Seguirão as tendências actuais nesse campo.
As baleeiras não são originais, pelo menos as vermelhas-laranja, pois o navio quando foi transformado aumentou muito a sua capacidade de transporte de gente e e uma forma prática, no mesmo estilo dos Victory ships adaptados a navios-hospitais e transportes de tropas e emigrantes na década de 1940.
As características estéticas próprias de cada país marítimo, de que o EMPIRE STATE é um exemplo, perderam-se nas últimas décadas com a universalização e bagunçada marítima, mas curiosamente, o único país que conseguiu preservar os seus traços é a Alemanha, com multiplos protótipos de navios d ecarga copiados um pouco por toda agente.
Curioso mesmo, foi voltar a ver a bandeira dos Estados Unidos à popa de um navio mercante atracado em Lisboa. Não resisti a tirar umas fotografias.
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Mais um gigante para a Princess Cruises


A Princess Cruises vai encomendar um terceiro navio de cruzeiros da classe ROYAL PRINCESS. A nova unidade custará 600 milhões de euros, cerca de 804 milhões de USD, e entrará ao serviço em 2017. Com capacidade para 3560 camas baixas, o futuro gémeo dos novos paquetes ROYAL PRINCESS (2013) e REGAL PRINCESS (2014) será, tal como estes, construído pelo estaleiro italiano Fincantieri em Monfalcone. 

Prossegue assim a tendência de desenvolvimento dos cruzeiros internacionais com grandes investimentos na construção de unidades cada vez maiores, ao mesmo tempo que os poucos operadores ainda independentes vêm as suas dificuldades aumentarem, caso da Fred. Olsen que continua a perder dinheiro neste ano de 2014, como tem acontecido nestes anos mais recentes, apesar de um acordo recente com a Saga Cruises para comercialização conjunta dos respectivos navios.
Fotografia da chaminé do ROYAL PRINCESS registada em Lisboa a 21 de Junho de 2013 por L. M. Correia.
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Tuesday, July 29, 2014

Bill Miller's post card from Manhattan

Mais uma pequena colaboração do meu amigo Bill Miller sobre os antigos terminais de navios de passageiros do porto de Nova Iorque e o seu aspecto actual.
"Looking east from Weehawken, we can see the original Luxury Liner Row, the longtime base of the greatest and some of the grandest Atlantic liners.​ I snapped this photo just six weeks ago.​
​But now to memory lane: The attached photo dates back to 54 years, from January 1960, of Luxury Liner Row. ​​At the top, the HOMERIC is being undocked & heading off on a Caribbean c​ruise; at dock from top to bottom are the GRIPSHOLM, OCEAN MONARCH, ITALIA, QUEEN ELIZABETH, MAURETANIA & BERLIN". 
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Revista CRUZEIROS


A revista CRUZEIROS publicou recentemente o seu número 13, do qual reproduzimos a capa, muito atractiva, com uma imagem de um paquete da Holland America Line no Canal do Panamá.
Os 100 anos do Canal do Panamá são tema de um extenso artigo ilustrado essencialmente com navios de cruzeiros uma vez que o canal se tornou um destino turístico em si mesmo. 
A abrir a revista, destaque para o novo navio REGAL PRINCESS, o novo gigante acabado de construir no estaleiro Fincantieri de Monfalcone para a Princess Cruises, uma das muitas filiais do Grupo Carnival.
A visita histórica a Lisboa dos três navios de passageiros actuais da Cunard, QUEEN MARY 2, VICTORIA e ELIZABETH, a 6 de Maio, é também tema de um artigo com 6 páginas e 12 fotografias.
Outros assuntos com destaque na última CRUZEIROS são o cruzeiro da revista, de Barcelona a Istambul, o porto de Estocolmo, Nassau como destino privilegiado de cruzeiros, os três primeiros navios da antiga empresa norueguesa Royal Viking Line, de 1972 e 73, e a história do paquete AZORES, a que já nos referimos anteriormente. 

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Gregos falharam pagamento do ATLÂNTIDA

A companhia de navegação grega Thesarco Shipping não cumpriu com o prazo contratual para pagamento do navio de passageiros RoRo ATLÂNTIDA, pelo que a Administração dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo (ENVC) decidiu alargar até amanhã, quarta-feira, o prazo de venda do navio, que fazia parte de uma encomenda de duas unidades destinadas ao Governo Regional dos Açores.
A administração dos ENVC notificou nesta segunda-feira a Thesarco Shipping de que têm até quarta-feira, às 15:00, para efectuar o pagamento dos cerca de 13 milhões de Euros relativos ao pagamento do ATLÂNTIDA.
A proposta grega foi a mais elevada das três que se apresentaram ao concurso público internacional lançado pela administração dos ENVC em Março, que tinha como único critério a melhor proposta financeira. Em caso de incumprimento do novo prazo o programa de procedimento prevê a possibilidade de adjudicação do navio ao segundo classificado, a Mystic Cruises, do grupo Douro Azul (cruzeiros turísticos) por um valor que ronda os nove milhões de euros, mais exactamente 8,750 milhões.
A proposta mais baixa, de quatro milhões de euros, foi de um grupo de holandeses, especialistas na operação de navios hoteis e de alojamento relacionado com projectos de desenvolvimento industriais. 
O navio foi colocado à venda pela administração dos ENVC através de concurso público internacional lançado a 11 de Março. Concorreram três empresas, a Mystic Cruises, do grupo Douro Azul (cruzeiros turísticos), o consórcio MD Roelofs Beheer BV e Chevalier Floatels BV (empresas holandesas representadas por um grupo espanhol) e os gregos da Thesarco Shipping. Esta empresa grega é conhecida internacionalmente por um sem número de alegadas más práticas relacionadas com o exercício da sua actividade, nomeadamente na operação de navios de carga a granel, como o Blogue dos Navios e do Mar alertou há algum tempo (ver aqui). Se a Douro Azul acabar por ficar com o navio perspectiva-se a sua reconversão para navio de cruzeiros de luxo para operar no Amazonas, o que irá obrigar a um grande investimento e ao desmantelamento parcial do navio.
Fotografia do ATLÂNTIDA em Viana do Castelo em 5 de Abril de 2008, durante os trabalhos de construção.
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Training Ship EMPIRE STATE in Lisbon


The United States Merchant Navy training steamer EMPIRE STATE leaving Lisbon on 28 July 2014 on a very atmospheric mood, after her first call ever in Lisbon. The EMPIRE STATE is the training Ship of the State University of New York Nautical College, which I visited many years ago to see the SS UNITED STATES propellor they have on display.

The EMPIRE STATE is a former fast turbine cargo passenger liner built for transpacific sercice of the States Steamship Company as OREGON in 1962. She is now the last of a kind and a very beautiful and interesting ship. 
The present T.S. EMPIRE STATE is the sixth under this name to serve the SUNY Nautical College. I was lucky to have photographed her previous namesake, a former American President Lines passenger cargo liner, back in 1989 in Miami.
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CREOULA no Tejo

No passado dia 24 fotografámos o CREOULA em mais uma saída com um grupo de instruendos da Aporvela a bordo... Ver mais aqui.
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História do paquete português AZORES

O último número da revista CRUZEIROS dedica 11 páginas ao paquete português AZORES, num artigo original de Luís Miguel Correia que durante duas semanas investigou a histórica deste navio fascinante. Apresentamos as primeiras duas páginas da revista e um excerto do texto cuja leitura se recomenda:
"Não há muitos navios com tantas identidades como o STOCKHOLM, actual AZORES, e uma longevidade difícil de imaginar em 1944, quando se projectou este paquete na Suécia. Não é um gigante, nem trouxe inovações que o tornassem uma referência da construção naval ou da navegação. Nasceu num período muito conturbado na Europa e a sua vida está cheia de situações inesperadas e feitos notáveis que se entrelaçam com algumas tragédias. Em épocas diferentes foi protagonista de grandes acontecimentos, esteve condenado por diversas vezes mas, por aparente capricho da sorte, até agora conseguiu sempre evitar o fim e renascer, literalmente em 1994, quando foi reconstruído. Nunca foi um sucesso indiscutível para os diversos armadores sob cujas bandeiras navegou, mas tem uma personalidade fascinante. Tem fama de ser um navio azarado mas por outro lado a sua vida é um somatório de acontecimentos cuja compreensão não despreza o factor sorte e tem navegado sempre, desde 1948, atestando uma resistência que falhou entretanto a todos os seus pares, muitos mais famosos e supostamente interessantes, mas desaparecidos de acordo com a ordem natural das coisas. 
O nome AZORES é o décimo a identificar o mesmo navio, construído como transatlântico de passageiros e carga, destinado à carreira regular de Gotemburgo para Nova Iorque com o nome STOCKHOLM – o quarto e último assim designado a integrar a frota da famosa companhia Swedish American Line (SAL), uma “marca” de prestígio no seio do Grupo Brostroms." - Muito mais para ler na CRUZEIROS nº 13, já adquiriu o seu exemplar? 
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Sunday, July 20, 2014

O VERA CRUZ nas página do Álbum dos Navios da Marinha Mercante Portuguesa


Páginas dedicadas ao Paquete VERA CRUZ no Álbum dos Navios da Marinha Mercante Portuguesa. Nesse livro os navios são apresentados por tipo de navio, com os paquetes a abrir o livro, e por ordem de crescente do valor da tonelagem de arqueação bruta, pelo que foi o VERA CRUZ a abrir o álbum, dado ser então o maior navio de passageiros português, com 21 765 toneladas de arqueação brutas. Manteria essa distinção até Setembro de 1961, quando o INFANTE DOM HENRIQUE lhe tomou o lugar.
O VERA CRUZ foi o primeiro navio em que naveguei, como passageiro, em 1958, ainda no tempo da carreira da América do Sul. Fiz a viagem com a minha Mãe, muito jovem na altura, que toda a vida contou as nossas aventuras em alto mar, a maior parte das quais restringidas ao espaço generoso da sala de crianças da Primeira Classe, de facto o local mais adequado para o LMC se começar a afeiçoar ao mundo dos navios e do mar...

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Um livro precioso




Um dia, teria eu os meus 13 anos, creio que em 1970, o meu Pai chegou a casa com um exemplar deste livro para mim. Já nessa altura, como hoje, dava tudo por um bom livro, e se tivesse a ver com os navios e ou o mar, melhor. Foi um dos melhores presentes do meu Pai, um livro para toda a vida.

O ÁLBUM DOS NAVIOS DA MARINHA MERCANTE PORTUGUESA foi publicado em 1958 pela Junta Nacional da Marinha Mercante, o organismo de coordenação económica do Estado Novo para a Marinha Mercante, e apresentava todos os navios que então integravam a frota portuguesa, com fotografias e as características técnicas principais de cada unidade. 
Um livro simples e bem feito, para a época, como era apanágio das publicações técnicas da Junta, de que ainda hoje me socorro com frequência para investigação ou puro deleite de leitura.
O meu exemplar fora adquirido por 10 escudos numa livraria da Calçada do Combro, ao Chiado, que tinha uma montra cheia em grande promoção. Provavelmente a Junta entendeu desfazer-se do stock original em plena primavera marcelista...

Hoje é um livro raro, que continua a oferecer da mesma forma simples inicial, uma boa visão do que era a nossa frota mercante no final dos anos cinquenta. Sem propaganda política ou de regime, um testemunho simples dos navios que então faziam toda uma frota de que muita gente se orgulhava.
Os navios desapareceram há muito, alguns precocemente e mal aproveitados nas suas potencialidades, ficou este documento. Há um exemplar à venda aqui...
Imagem de uma das páginas do ÁLBUM, do navio de carga a vapor SOFALA, da Companhia Nacional de Navegação, então o maior cargueiro português, com os quatro mastros e o perfil único a trair a origem alemã, pois foi adquirido em 1943 à companhia Norddeutscher Lloyd, de Bremen e navegou até 1968.
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Friday, July 18, 2014

Draga-Minas NRP RIBEIRA GRANDE (M 402 )


Uma das minhas primeiras fotografias de unidades navais portuguesas, o antigo Draga-minas RIBEIRA GRANDE. Construído no estaleiro da CUF, actual NavalRocha, fazia parte de uma classe de quatro unidades inspiradas nos draga-minas ingleses da classe TON.
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SÍMBOLOS DE DESMARITIMIZAÇÃO NACIONAL





Imagens do antigo bacalhoeiro CAPITÃO FERREIRA, fotografado no Talaminho, onde permaneceu diversos anos neste estado deprimente, destruído pelo fogo e pelo esquecimento.
O CAPITÃO FERREIRA foi construído em 1945, de madeira, na Figueira da Foz, para a Atlântica Companhia Portuguesa de Pesca. Ainda o fotografei fundeado na Junqueira, pintado de branco preparado para largar para a Terra Nova.
Mais que um navio destruído, o CAPITÃO FERREIRA tornou-se na fase final um símbolo do analfabetismo marítimo português e da magnífica OBRA de DESMARITIMIZAÇÃO NACIONAL que vem caracterizando a nossa vida social desde por volta de 1975, quando se passou a olhar para os navios com velado desinteresse. O CAPITÃO FERREIRA acabou por ser removido e desmantelado durante uma operação de limpeza promovida pela APL.
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Wednesday, July 09, 2014

ORIANA photographed from fleet mate CANBERRA


Bill Miller tells us: It was just before dinner.   The date:  October 1980.   I was aboard the Canberra, returning from a cruise to Southampton.   Almost without warning, her fleetmate Oriana swept past at rather high speed.  We were in the Bay of Biscay and it was the last meeting of the two great P&O liners in Northern waters.   The Oriana was heading for Australia, where she would be based full-time at Sydney for Pacific cruising.
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Tuesday, July 08, 2014

Novos postais de navios




Novos postais dos antigos paquetes portugueses VERA CRUZ, COLONIAL e LIMA, publicados por Luís Miguel Correia, com as referências LMC 165 LMC 166 e LMC 167, em edições especiais e limitadas, destinadas principalmente a coleccionadores.

Para adquirir estes e outros postais, ver aqui

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Friday, July 04, 2014

ATLÂNTIDA para a Grécia?

A empresa grega THESARCO ficou classificada em primeiro lugar no concurso para alienação do navio ATLÂNTIDA pelo Estado Português, com uma oferta de 12.8 milhões de euros pelo infeliz navio, recusado pela ATLANTICOLINE em 2009, e que se transformou num símbolo da inépcia governamental e da desmaritimização.
Nunca tinha ouvido falar desta empresa e fiz uma investigação sobre o seu perfil cujos resultados não abonam em nada de positivo. 
Notícias diversas referem esta empresa, com escritório no Pireu na rua Akti Miaouli, 99, Grécia e tida como propriedade do armador  Evangelos Saravanos, como frequentemente citada por má práticas que vão desde a escravização de tripulações ao abandono de navios e posterior afundamento com geração de poluição. A THESARCO SHIPPING aparece acusada de escravizar tripulação: aqui e aqui. Outra notícia pouco abonatória aqui , relativa a fraudes e práticas inaceitáveis típicas de uma empresa de vão de escada grega.
Notícia relativa a um dos navios da empresa, abandonando em Colombo até que acabou por se afundar:

"Bulk carrier Thermopylae Sierra sank on the road of Colombo, Sri Lanka, on August 23, anchored on the road since 2009, after being detained in accordance with court order following cargo and crew disputes. Vessel was abandoned and not maintained for quite a time, authorities were warned well in advance about the risk of sinking. Thermopylae Sierra sank with some 70 tons of fuel on board, which doesn’t seem to worry much the authorities, who managed to remove some 250 tons of fuel, and are contented with the rest. 
Photo by Mark Piche, http://forum.shipspotting.com/index.php?action=profile;u=388. Bulk carrier Thermopylae Sierra IMO 8313075, dwt 24779, built 1985, flag Cyprus, manager THESARCO SHIPPING, Greece."


A empresa apresenta-se como um corretor de navios e matérias primas: "we are trading and shipping company located in Greece, our main acitivity is trading and shipping ( we have 3 handy size vessels with deadweight capactity 15/25/28,000 mts respectively) and also we involved in trading of following commodities like wheat from Russia and Ukraine and bulk salt from Egypt as well as bulk coal and coke from Ukraine and Russia".
Com um cadastro destes não me admiro que o ATLÂNTIDA acabe por ser vendido à Douro Azul, mas com gregos piratas, nunca se  sabe, embora o Estado e o Governo não fiquem propriamente prestigiados a negociar com supostos crápulas.
Toda a história do ATLÂNTIDA é para esquecer tal a indignação que desperta em mim. E depois olho para este episódio de governança exemplar e interrogo-me de quantos casos com contornos idênticos haverá por aí, de investimentos irresponsáveis e falta de consideração pelo bem comum, interesse nacional, chamem-lhe o que quiserem. E depois toca a alimentar o sistema com mais impostos. NÃO PODE SER.
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Wednesday, July 02, 2014

Porto de Sines

Aspectos do Porto de Sines, ontem, 1 de Julho, numa curta visita à distância e sem as melhores condições de luz.










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